Páscoa – Bacalhau
Como escolher o melhor bacalhau?
Nos dias da Quaresma e com a Semana Santa se aproximando, muitas pessoas aumentam o consumo de pescados e dentre estes, destaca-se o bacalhau. Só que, no mercado brasileiro existem cinco tipos diferentes de peixes salgados secos, que são comercializados como bacalhau, sendo que apenas dois são realmente bacalhau.
As principais diferenças entre eles são o preço e os atributos sensoriais.
O bacalhau legítimo, também chamado bacalhau do Porto ou “Cod” é bem mais caro. Ele é capturado nas águas do Atlântico Norte e, quando cozido, desfaz-se em lascas claras e tenras, de sabor inconfundível. Outra espécie, o bacalhau “Portinho”, capturado no Pacífico, tem um preço mais acessível, mas não se desmancha em lascas quando cozido, além de ser mais fibroso e não ter o mesmo paladar do legítimo bacalhau.
O Saithe, o Ling e o Zarbo, são três espécies comercializadas no Brasil como peixe salgado seco tipo bacalhau e apresentam preços inferiores, mas também são saborosos e podem originar pratos muito especiais.
Como dessalgar o Bacalhau?
Para aproveitar o melhor sabor do bacalhau, é necessário dessalgar de maneira correta. Portanto, tire o bacalhau da embalagem e lave com água corrente para retirar o excesso de sal. Em seguida, mergulhe o peixe em água fria, de preferência com algumas pedrinhas de gelo. É importante colocar nesse ponto, duas partes de água para cada parte de bacalhau. Mantenha o bacalhau na geladeira durante toda a dessalga. O tempo de dessalga vai depender da grossura da posta, ou seja, quanto mais grossa, maior o tempo necessário. Durante a dessalga, é importante ainda, trocar a água pelo menos duas vezes, para maior eficiência do processo.
Dicas:
– Se você quer consumir o legítimo bacalhau, fique atento ao selo de qualidade, pois o alto preço nem sempre garante a qualidade do produto.
– Se não puder comprar o legítimo bacalhau, não deixe de consumir um produto mais em conta, pois mesmo os peixes salgados mais baratos são muito saborosos e nutritivos.
Autora: Profa. Maria Emília Gomes – DCA/UFLA