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Competências do Engenheiro de Alimentos

Publicado: Quinta, 14 Outubro 2021 14:48 | Acessos: 1503

Compete ao Engenheiro de Alimentos atuar nas áreas de:

1) produção, controle e otimização dos processos, objetivando aumento de produtividade, qualidade, estabilidade e valor nutritivo dos produtos, com diminuição dos custos envolvidos;
2) armazenamento de produtos alimentícios, evitando perdas e mantendo a qualidade das matérias-primas até a sua industrialização ou consumo “in natura”;
3) higienização e controle de qualidade na indústria, determinando padrões de qualidade envolvidos em todas as etapas de planejamento, processos e implantação de sistemas e programas de controle de qualidade físico-químico, microbiológico e sensorial;
4) pesquisa e desenvolvimento de novos processos e produtos, objetivando atingir novos mercados, redução de perdas e aproveitamento de subprodutos;
5) planejamento, execução e implantação de projetos de unidades de processamento;
6) implantação e gerenciamento de sistemas de tratamento de resíduos industriais alimentícios;
7) manutenção preventiva de equipamentos;
8) fiscalização de alimentos e bebidas, atuando também na definição de padrões de qualidade;
9) consultoria e assistência técnica a empresas do ramo alimentício;
10) ensino, pesquisa e extensão.

A profissão do Engenheiro de Alimentos requer raciocínio abstrato, aptidão numérica e verbal, sociabilidade e envolve sólidos conhecimentos nas áreas de ciências exatas, biológicas e químicas, e conhecimentos específicos. Além de cursar disciplinas, que constam de aulas teóricas e práticas, os alunos terão oportunidade de participar de atividades acadêmicas, tais como estágios, monitoria, iniciação científica, projetos de extensão e inúmeros eventos, complementando sua formação profissional, ética e social. O mercado de trabalho do engenheiro de alimentos está em expansão pois sua atuação profissional traz um benefício técnico/econômico/sócio-ambiental para empresas de diferentes portes, sendo sua atuação vital para melhorar a competitividade das indústrias alimentícias no mercado globalizado e obtenção de produtos alimentícios seguros e de alta qualidade a custos mais baixos.

O currículo do curso foi desenvolvido de forma a habilitar o futuro Engenheiro de Alimentos a trabalhar com habilidade e competência nas funções citadas a seguir:

  • Área de Produção/Processos em decorrência dos seus conhecimentos dos processos tecnológicos e dos equipamentos envolvidos na industrialização de alimentos. Essa formação lhe permite um melhor aproveitamento dos recursos humanos disponíveis, bem como uma melhor utilização dos processos para a transformação das matérias-primas em alimentos industrializados com incremento de qualidade e produtividade, redução dos custos industrias e aproveitamento ou tratamento adequado dos resíduos do processo;
  • Área de gestão de qualidade, permitindo a adequação e o estabelecimento de padrões de qualidade para os processos, desde a recepção da matéria-prima até o transporte do produto acabado;
  • Planejamento e projeto industrial, sendo indispensável na definição dos processos, equipamentos e instalações industriais, bem como no estudo da viabilidade econômico-financeira do projeto;
  • Gerenciamento e administração da indústria alimentícia, na solução de problemas administrativos e/ou técnicos, pois a manutenção das atividades da indústria dentro de um orçamento pré-estabelecido é uma de suas funções;
  • Pesquisa e desenvolvimento, o Engenheiro de Alimentos deve estar apto a pesquisar e desenvolver novos produtos alimentícios, processos e tecnologias com objetivo de atingir novos mercados, redução de custos, reutilização de subprodutos. Ele utiliza seus conhecimentos em matérias-primas, processos e equipamentos, fornecendo os subsídios necessários para o lançamento de um novo produto e propondo argumentos de vendas e bases para cálculos de custos. Uma das técnicas que ele utiliza é a da Análise Sensorial dos Alimentos onde se estuda a aceitabilidade de determinado produto;
  • Comercial e marketing, devido aos conhecimentos básicos em todos os aspectos relativos a alimentos, aditivos e equipamentos, esse profissional tem sido bastante requisitado no setor de marketing e vendas de equipamentos e de insumos para a indústria de alimentos, tanto no âmbito nacional como no comércio externo;
  • Fiscalização de alimentos e bebidas por órgãos governamentais em âmbito municipal, estadual e federal, atuando no estabelecimento de padrões de qualidade e identidade e na fiscalização da aplicação destes padrões;
  • Armazenamento, desenvolvendo sua programação e utilizando as técnicas mais adequadas para evitar perdas e manter a qualidade da matéria-prima até sua industrialização, ou consumo “in natura”;
  • Consultoria e assistência técnica, Engenheiros de Alimentos com conhecimento em processos tecnológicos, padrões de qualidade, normas e legislação sanitárias e padrões para exportação de produtos, de modo a atuar nesta área tanto como consultores independentes ou participando em empresas de consultorias.

Assim, pretende-se que o Engenheiro de Alimentos egresso da UFLA mantenha aceso o espírito de pesquisa que será incentivado durante o curso, e que este, forneça bases sólidas para dominar e desenvolver novas tecnologias e o auxilie na busca de soluções criativas para os problemas que enfrentará. Que ao defrontar com problemas busque sempre a melhor solução para a empresa, para a sociedade, para o meio ambiente em termos de eficácia, qualidade e produtividade. E ainda, no nosso egresso deverá ser desenvolvido o espírito do empreendedorismo, a capacidade de ação, de comunicação e de trabalhar em equipe. Estas características são impregnadas no estudante através de uma postura pedagógica onde se valoriza a característica de formação e do aprender, em detrimento da característica informativa, a participação destes em projetos de pesquisa, ensino e extensão, e uma atuação como agentes efetivos na condução da sua formação.

Não obstante, pretende-se dar uma formação generalista ao Engenheiro de Alimentos egresso, importante, pois a grande parte das Indústrias Brasileiras é de pequeno e médio porte e necessita de Engenheiros capazes não só de atender aos processos de fabricação, mas também aos de implantação de controle de qualidade, treinamento de equipes, desenvolvimento de produtos, instalação de equipamentos, manutenção, operação e automação, além da parte administrativa. Essa formação contribui, também, para um perfil empreendedor do egresso. Uma formação generalística permite ao egresso atuar em outros campos da atividade econômica, como por exemplo nas empresas de serviços e órgãos governamentais, setor de vendas e marketing, empresas de serviços de alimentação, redes de restaurantes e supermercados, etc. Isto pode ser alcançado pela decorrência natural do forte caráter interdisciplinar das matérias abordadas num curso de Engenharia de Alimentos.